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nov 03 2012

Influência negativa das pesquisas

RENATO RIELLA

Deixei passar alguns dias desde o segundo turno das eleições municipais, mas quero chamar a atenção para o mal uso das pesquisas eleitorais nos últimos momentos da campanha.

O exemplo mais gritante foi visto no Jornal Nacional, da TV Globo, onde alguns resultados regionais de pesquisa foram apresentados, oito horas antes da votação, afirmando que este ou aquele candidato já estava eleito.

Reconheço o nível máximo de acerto das pesquisas, mas a divulgação de um resultado contundente, tão perto da eleição, desestimula os eleitores de um candidato mal avaliado nas previsões numéricas.

Por que vou sair de casa para votar num pré-derrotado pela TV Globo? Esta é uma questão ética a se discutir.

Defendo que divulgação de pesquisas eleitorais seja feita somente até três dias antes das eleições.

Lembro da campanha de governador em 1994, quando o Correio Braziliense saiu com uma manchete, focalizando pesquisa discutível, afirmando em letras garrafais que o petista Cristova Buarque já estava eleito.

Por onde se passava, centenas de cabos-eleitorais do PT ostentavam a capa dos jornais nas ruas, mostrando aos eleitores que Valmir Campelo (PTB) já havia perdido. O resultado foi apertado e certamente o jornal teve peso na eleição de Cristovam, de forma desleal.

É preciso abrir debate sobre isso.

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