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jun 02 2013

Intervenções na economia visam sempre a eleição de 2014

 RENATO RIELLA

Desde o segundo governo Lula, intensificaram-se as intervenções artificiais na economia brasileira, causando repercussões que necessitam a cada momento de mais e mais intervenções.

É claro que tivemos a crise mundial de 2007/2008, quando o presidente Lula liderou os brasileiros, dizendo que, em vez de tsunami, teríamos uma marolinha. Talvez isso tenha sido bom. Porém, ele incentivou o consumo, principalmente de carros e eletrodomésticos, de forma artificial.

Assim, temos hoje as principais cidades brasileiras inviabilizadas no planejamento urbano, porque há carros demais nas ruas. E as diversas classes sociais estão endividadas, com muitas famílias bancando 60 meses de prestação para pagar automóveis já destruídos. Tudo muito complicado.

Tendo sido iniciado o processo de intervenções, o país fica igual a uma bicicleta. Se parar de pedalar, desaba.

Assim, chegamos ao dólar de R$ 2,14, com tendência de crescimento. Quem for viajar ao exterior, ou quem estiver importando, todos esses terão ônus crescente e precisarão rever seus planos.

O pior é que não há clareza nas coisas. A nova política brasileira é deixar o dólar subir?

Se for assim, teremos de viajar menos ao exterior. Mas, ao mesmo tempo, as exportações brasileiras serão favorecidas, ficando os nossos produtos mais competitivos.

 

CONTAS INTERNAS E

EXTERNAS DESEQUILIBRADAS

É necessário esse freio no consumo exterior, pois as contas internas e externas brasileiras estão descontroladas, com déficit crescente. É preciso menos Disney no programa de cada família.

Às vésperas de uma guerra eleitoral, a presidente Dilma vê a inflação crescendo e tenta controlá-la artificialmente, contendo preços.

Ela fez a redução das contas de energia, de cima para baixo, impondo queda dolorida às empresas que oferecem luz aos brasileiros.

Dilma também isentou de impostos a chamada cesta básica. Agora, em mais uma tentativa, reduz impostos das empresas de transporte coletivo, tentando segurar os aumentos de ônibus em São Paulo e Rio de Janeiro, principalmente. E, em algum momento, tentará dar isenção aos remédios (esta é uma proposta do Reguffe).

Só que tudo isso tem um custo para o Estado brasileiro. No caso dos ônibus, os especialistas estimam que o governo federal perderá R$ 1,2 bilhão este ano em arrecadação de impostos.

E assim por diante. O Brasil é um paciente que todo dia recebe remédio para uma dor diferente. Os medicamentos se superpõem e alguns são chocantes entre si.

Não há o que fazer. Somente depois de eleito um novo governo (ou reeleito o mesmo), a partir de 2015, poderá ser mudada essa situação, com a aplicação de medidas chamadas de estruturantes. Até lá, as medidas serão sempre eleitorais (ou eleitoreiras), inclusive na impossibilidade de se adotar posturas duras, que fariam a presidente Dilma perder votos.

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