JOSÉ RICARDO MARQUES
Tenho a honra de participar do projeto cinematográfico, de longa-metragem, sobre a vida de um dos homens mais interessantes produzidos na cultura do mundo: Joãosinho Trinta.
Durante cinco anos, ele viveu em minha casa, em Brasília. Ficou abrigado, como hóspede especial, desde 2006, quando fui secretário de Cultura do DF. À época, me entusiasmei ao conviver com personalidade tão marcante, então em tratamento no Sarah, em Brasília.
Participei dos últimos anos de sua existência. Acompanhei momentos inesquecíveis, trabalhando com um gênio. Em todo o seu tempo, Joãosinho demonstrou a simplicidade de um menino, de um homem simples da comunidade, do morro, da lama, dos palácios, do Nordeste e do Rio.
Em todos os carnavais, sempre será lembrado, porque o maior espetáculo da Terra, em sua cronologia, tem o antes e o depois do eterno Joãosinho Trinta.
Trinta, O Filme, retrata a história de um homem que tem um pouco de cada um de nós: sonhos, desejos, amores, fugas, desespero, luta, fome, riquezas. E glória, vitória, sucesso, fracasso, velhice, doença e fé.
Como presidente do Instituto Joãosinho Trinta, que está sediado em Brasília, espero que o longa-metragem sobre a vida do grande carnavalesco emocione o povo brasileiro.
O filme homenageará o seu estado de origem, o Maranhão, que assistiu ao seu último suspiro, mas também enaltecerá o Rio de Janeiro, que acompanhou seus momentos de maior criação, sem esquecer Brasília, que durante cinco anos o fez pensar sobre o povo brasileiro, suas angústias e seus luxos.
Joãosinho será sempre um heroi, como relatou Matheus Nachtergaele (o Joãosinho do filme) na entrevista ao Fantástico.