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fev 20 2018

Liliane Roriz volta a acusar deputados e outros envolvidos na operação Drácon

Deputados réus na Justiça no âmbito da operação Drácon (Foto: Montagem/G1)                                            Deputados réus na Justiça no âmbito da operação Drácon (Foto: Montagem/G1)

A deputada distrital Liliane Roriz (PTB) prestou depoimento ontem (19) como testemunha de acusação no processo da Operação Drácon. Ela entrou pela garagem, e a audiência foi acompanhada apenas pelos advogados dela e dos acusados.

Os depoimentos foram gravados pela Justiça. Liliane confirmou o que já tinha declarado à TV Globo no início das investigações. A distrital relatou como ocorreu o desvio de emendas parlamentares de saúde e educação para beneficiar empresas.

Ela deu detalhes de como gravou, em 2015, a então presidente da Câmara Legislativa, Celina Leão (PPS), e o ex-secretário-geral da Casa Valério Neves, que falavam do esquema.

“[Valério Neves] Estava dando informação que a deputada falou. Ele estava contando uma história que foi dita para ele”, disse Liliane em depoimento, registrado pela Justiça.

Ela diz que tudo começou com um funcionário da Câmara dizendo que poderia ter uma sobra orçamentária de R$ 24 milhões. “Foi que surgiu a ideia de colocar essas emendas”, declarou Liliane no processo.

“Durante esse tempo todo, todos eles se juntaram dizendo que a emenda era minha, e a emenda nunca foi minha.”

Com base nos depoimentos e em materiais colhidos durante a operação Drácon, o Ministério Público apresentou duas denúncias, que viraram ações na Justiça.

Segundo o MP, no fim de 2015, os deputados se uniram para aprovar uma emenda parlamentar de R$ 30 milhões, dinheiro que iria para empresas de UTI, que tinham pagamentos a receber do GDF. Mas em troca, os empresários pagariam propina aos integrantes do suposto esquema criminoso.

Cinco deputados, que têm foro privilegiado, respondem por corrupção passiva, no Conselho Especial do Tribunal de Justiça.

Já Valério Neves e Alexandre Cerqueira, ex-funcionários da Câmara, e Ricardo Cardoso dos Santos, ex-diretor do Fundo de Saúde do DF, são réus também por corrupção passiva, na 8ª Vara Criminal. Foi neste processo que Liliane Roriz e outras sete testemunhas foram ouvidas.

Valério Neves informou que só fala sobre o caso na Justiça. Já o advogado de Ricardo Sousa disse que o cliente agiu de forma técnica.

Fonte: G1

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