RENATO RIELLA
A ex-candidata Marina Silva mantém o estilo que levou seu nome à derrota em 5 de outubro. Ela vacila na decisão sobre o segundo turno das eleições.
O seu partido, PSB, já aprovou em votação o apoio à candidatura de Aécio Neves (PSDB), mas ela escora-se no partido que não conseguiu registrar, o Rede, para não se decidir.
Foi dito que hoje Marina poderia anunciar apoio formal à candidatura de Aécio, mas isso já não vai acontecer e pode até não ocorrer nunca.
Ela faz exigências exageradas ao candidato mineiro, que pode usar o melhor estilo de Tancredo Neves para empurrar as discussões com a barriga até não precisar mais do apoio da Marina.
É inacreditável que Marina exija de Aécio compromisso com o MST, um braço quase armado do PT, que já anunciou um clima de incêndio no Brasil se Dilma Rousseff perder a eleição.
Assim, não dá para esperar acordo de Aécio com Marina. Se as próximas pesquisas indicarem perspectiva favorável ao tucano, aí é que fica mais distante essa aproximação.
Marina é coerente no modo confuso de fazer política. E não vai a lugar nenhum, nunca.