Os países membros da ONU (Organização das Nações Unidas) ainda não sabem o que fazer para enfrentar o grave problema dos migrantes que arriscam a vida em direção à Europa.
Eles partem em embarcações precárias, fugindo do inferno em países da África e do Oriente Médio. Muitos – milhares deles – morrem no Mar Mediterrâneo sem que essas perdas sejam registradas.
A União Europeia deve apresentar, amanhã (quarta-feira) os detalhes de uma nova agenda sobre a questão da migração. O bloco já triplicou o financiamento de suas operações em mar e reforçou as operações de busca e de resgate.
Mas o foco da União Europeia é destruir o “modelo de negócio” dos traficantes, garantindo que os navios não possam ser utilizados.
Organizações criminosas estão fazendo muito dinheiro às custas de pessoas desesperadas. Esses grupos vendem esperança, mas acabam entregando a morte.
Desde o início do ano, mais de 1,8 mil pessoas morreram ao tentar chegar à Europa pelo mar. Em apenas um fim de semana, no mês de abril, 900 migrantes perderam a vida.
Defende-se que os países europeus ofereçam mais cotas de reassentamento, mas os países de origem dos migrantes também devem ter responsabilidade pelos seus cidadãos, mas algumas nações da África e do Oriente Médio encontram-se sob grave crise política e até sem governo.
É um problema cuja solução ainda está distante.
