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fev 14 2021

Morre Carlos Menem, ex-presidente da Argentina, aos 90 anos

Menem governou a Argentina nos anos 1990 e exercia, atualmente, o cargo de senador pela província de La Rioja

Carlos Menem, ex-presidente da Argentina e atual senador pela província de La Rioja, morreu hoje (14), aos 90 anos.

Ele foi a pessoa que mais tempo comandou o país vizinho de forma ininterrupta — foi presidente de 1989 a 1999, com uma política de privatização e forte abertura às importações que o distanciaram da doutrina estatista e industrial histórica de sua força política, o Partido Justicialista. Um outro ramo desse grupo exerce o poder novamente, com Alberto Fernándezcomo presidente.

Ativo na política quase até o fim da vida, Menem chegou a participar das primeiras reuniões virtuais do Senado argentino em meio à pandemia do coronavírus.

Uma grave pneumonia diagnosticada em 13 de junho, agravada por seus problemas de diabetes, afetou seriamente sua saúde nas últimas semanas. Ele esteve internado primeiro no Instituto Argentino de Diagnóstico (IADT).

Depois foi transferido para o Sanatório Los Arcos, no bairro portenho de Palermo, para fazer um check-up de próstata, mas foi diagnosticado com uma infecção urinária que complicou seus problemas cardíacos.

Na véspera de Natal, ele foi induzido ao coma após apresentar insuficiência renal. Mais tarde chegou a ser despertado e se sentia melhor, mas acabou falecendo nesta mesma clínica.

Menem era acusado de diveros crimes, como o tráfico de armas e foi condenado a três anos e nove meses de prisão por fraude na venda de um imóvel na década de 1990. Segundo a Suprema Corte, o ex-presidente desviou recursos públicos na transação comercial. Para ser preso, no entanto, ele deveria ser condenado também pelo Senado, o que não ocorreu.

Além disso, o ex-presidente foi absolvido da acusação de encobrimento dos autores do atentado contra o centro judaico AMIA, em Buenos Aires, em 1994. A Justiça condenou, no mesmo julgamento, o ex-chefe de Inteligência do ex-presidente e um ex-juiz, entre outros ex-funcionários e cúmplices.

O ataque deixou 85 mortos e 300 feridos.

Com informações de G1

Foto:AFP

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