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jan 04 2017

NA PRÁTICA, RENATO SANTANA PODE SER CHAMADO DE EX-VICE-GOVERNADOR DE ROLLEMBERG

Entre milhares de erros de origem cometidos no início do governo, um dos maiores do governador Rodrigo Rollemberg foi encher o vice-governador de cargos, como uma espécie de super-secretário das administrações regionais, inclusive acumulando algumas regiões como se fosse o próprio administrador.

Nessa decisão, tomada no início de governo, há diversas aberrações, todas ligadas a Renato Santana.

A principal aberração é que o governador não teve ao seu lado ninguém sensato e experiente para berrar no seu ouvido uma frase básica de qualquer administração.

A frase é a seguinte: “Nunca nomeie quem você não puder demitir com facilidade”.

Todo governador que nomeou a mulher para cargo de secretária se arrependeu.

E todo chefe de Executivo que dá função administrativa a vice perde o vice. Pode haver uma exceção aqui ou ali, mas é bem casual.

O outro erro de Rollemberg foi ver em Renato Santana a solução para o difícil problema das cidades satélites, pois havia a expectativa maluca de que se implantasse eleição direta para escolha dos administradores (promessa de campanha).

Na verdade, Renato Santana é um servidor de carreira do GDF, provavelmente respeitável, mas com baixíssimo índice de conhecimento público (e prestígio) e certamente sem a necessária experiência para chegar onde chegou.

Rollemberg e os gênios que tentaram assessorá-lo no início de governo não imaginaram que Renato Santana, como homem de confiança do deputado Rogério Rosso (PSD), poderia estar a serviço desse seu líder político, que certamente será concorrente do atual governador na eleição de 2018.

Vejam quanto erro numa decisão impensada tomada no início do governo.

Agora, após essa crise do aumento dos ônibus, a relação com Renato ficou totalmente estragada, crítica, vergonhosa.

Rollemberg, de forma imtempestiva, acaba de demitir Renato Santana do último cargo mantido por ele (Administração de Vicente Pires) e demitiu também dezenas de assessores de confiança do vice.

Agora, na prática, Rollemberg não tem mais vice-governador para nada.

Como o governador fará quando tiver alguns dias de férias ou uma viagem internacional, ou mesmo um problema de saúde?

Para completar, fiquem sabendo que, na linha de sucessão, se o substituto não for Renato Santana, será o presidente da Câmara Legislativa, Joe Valle, também em choque com o governador.

Na verdade, quem não está em choque com Rodrigo Rollemberg, nosso governador bem eleito, com mandato até 31 de dezembro de 2018?

Ele perdeu os três senadores do DF e praticamente os oito deputados federais.

Na Câmara Legislativa, pode ter alguns apoios localizados, mas no mês passado houve a situação assustadora da derrubada de vetos em 29 projetos de lei recusados pelo governador. Viraram lei numa rebelião dos distritais.

Rollemberg ainda cometeu o erro de tentar decidir a eleição na CLDF – e perdeu!

A pergunta que se faz é: qual poder moderador Rollemberg admitirá para que possa concluir o seu mandato?

Do jeito que vai, pode ficar ingovernável.

Alguém precisa dizer a ele que política se faz de braços e portas abertas.

Quem tem o poder precisa ter magnanimidade, para falar respeitosamente com os adversários e ceder quando for útil à governabilidade.

Se ele tivesse recebido em palácio o deputado Laerte Bessa nada de grave teria acontecido. Mas o deputado-policial foi barrado pela segurança e xingou o governador de tudo, baixando ainda mais o nível da política no DF.

Paz! Paz! Paz! – o povo quer trabalhar!

(RENATO RIELLA)

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