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jan 07 2018

Ninguém acredita na viabilidade de Alckmin. E agora?

picoléO PSDB fará eleições prévias em fevereiro, com cinco debates entre dois pré-candidatos: Geraldo Alckmin, governador de São Paulo, e Arthur Virgílio, brilhante ex-senador e hoje prefeito de Manaus, com bom desempenho.

Cresce dentro dos tucanos (mas não sei se já com maioria) a visão de que Alckmin não é um nome viável para vencer a eleição de presidente da República.

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso chegou a dizer que, na hipótese de aparecer um candidato a presidente com capacidade de unir o centro, o PSDB deve apoiá-lo, mesmo que não pertença ao partido: “Vai fazer o quê?”

Depois FHC soltou nota minimizando a declaração, mas já era tarde. A preocupação existe.

Alckmin tem muitos problemas. Por exemplo, se ele sair do governo em março, quem assume é o seu vice. Márcio Franca, do PSB, que será candidato a governador – talvez disputando com João Dória, que largaria a Prefeitura para enfrentar este desafio. Trata-se de assunto polêmico, ainda mal discutido.

Além disso, as pesquisas presidenciais mostram Alckmin bem fraquinho, muito abaixo dos 10%. Será que melhora se Lula sair da campanha no dia 24?

E há um aspecto mais grave. A administração de Alckmin em São Paulo foi recheada de denúncias de corrupção, que vão florescer no debate eleitoral. Merenda escolar, trem, metrô e outras obras complicam o atual governo.

A procuradora geral da República, Raquel Dodge, mandou para a Justiça Federal, em regime de sigilo, o pior problema contra Geraldo Alckmin: a delação premiada da Odebrecht complica este político de imagem austera, mas não se sabe ainda em que nível.

Se a denúncia da Odebrecht tiver o sigilo quebrado no período eleitoral, pergunta-se: que tipo de estrago fará na campanha presidencial do PSDB?

E mais: ao se desincompatibilizar em março, para ser candidato, o governador perde o foro privilegiado e fica sujeito a ser chamado pelo juiz Sérgio Moro para se explicar sobre a corrupção em São Paulo. Se ficar no governo, ele mantém o foro até 31 de dezembro.

FHC é experiente e sabe que Geraldo Alckmin é uma canoa furada. Resta saber se a opção tucana será Arthur Virgílio ou um nome fora do partido. Quanto a Dória, se não entrar nessas eleições prévias do partido, estará totalmente descartado.

Enquanto isso, Bolsonaro está em campo jogando sozinho… (RENATO RIELLA)

 

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