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out 27 2018

O “Governo de Brasília” entra na história como o pior Governo do DF de todos os tempos

Rodrigo Rollemberg foi um não-governador.

Já escrevi isso muitas vezes. Comecei a criticar logo depois da eleição dele – antes da posse.

Nunca vi um governador, mal orientado, se recusar a fazer governo de transição.

Nos meses de novembro e dezembro de 2014, quando ele tinha oportunidade de se reunir com a equipe de Agnelo Queiroz, demonstrou profundo desrespeito com os técnicos do Governo do DF.

E assumiu o governo sem saber onde estava pisando. Depois falou de déficits monumentais que nunca conseguiu provar direito.

Na primeira semana no Buriti, deu sinais de megalomania, ao passar a imagem de que não iria interagir com ninguém. Não havia quem prestasse em Brasília.

Lembro do episódio chocante do Alírio Neto, que deu demonstração de boa vontade, mas foi rechaçado pelo comando político do Rollemberg – como se fosse um nada.

E assim seguiu-se.

O principal orientador político de Rodrigo, responsável pelo não-governo de transição e pela quebra de relacionamento com as forças de Brasília, caiu do cargo em 12 de junho de 2015.

Mas o fantasma da intransigência permaneceu.

Rollemberg governou de costas para a sociedade. Governou de portas fechadas para Brasília.

No meio do governo, percebeu isso, mas partiu para práticas abomináveis.

Passou a entregar as administrações regionais a deputados distritais.

Os deputados, numa visão pequena, nomeavam sempre administradores medíocres e desconhecidos. Muitos desses distritais acabaram fracassando politicamente, porque o povo não é bobo.

O maior exemplo é o ainda deputado distrital Lira, que trocou o administrador regional de São Sebastião diversas vezes –e não se reelegeu.

Rollemberg atuou sempre com o mesmo nível de incompetência, nomeando secretários fracos, desconhecidos e fracassados.

O melhor exemplo foi uma secretária de Segurança Pública vinda de Pernambuco, que não serviu para nada.

O atual secretário de Saúde e os anteriores (houve muita troca-troca) nunca teve relação com as diversas categorias desse setor, que acabaram rompendo, em bloco, com o governador.

Rollemberg nomeou anônimos para quase todos os cargos.

Pessoas sem representatividade na vida política local ou nacional levaram o governo ao nada.

E Rollemberg acabou no osso, contando apenas com os votos daqueles eleitores mais próximos do seu desgoverno.

Esta é a lição.

Governar é liderar.

É ouvir.

É reconhecer o papel da sociedade na construção de um ambiente de felicidade.

Pena! Perdemos quatro anos.

O Eixão desmoronado ficará como símbolo do famigerado Governo de Brasília.

Que a gente possa, breve, recuperar o Governo do DF, o GDF de sempre. (RENATO RIELLA)

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