RENATO RIELLA
O pessoal que defende ardentemente a campanha de Aécio Neves (PSDB) está subestimando a candidata presidente Dilma Rousseff (PT), na sua estratégia antipática e grosseira.
Ontem, no debate da Band, ela conseguiu jogar bombas de efeito retardado em direção a Aécio. Os tucanos não podem subestimar a argumentação perigosa da concorrente.
Se Dilma conseguir passar a imagem de que Aécio é tão complicado quanto ela, por que votar em Aécio?
Esse é o raciocínio dos que coordenam a campanha petista, antes e depois do debate de ontem.
Quando Dilma aponta um monte de corrupções ligadas aos tucanos, quebra a principal referência de Aécio: a possível honestidade. Sem isso, petistas e tucanos seriam iguais – pode pensar o público.
O resultado de pesquisas nos próximos dias pode surpreender, pois o debate de ontem apenas reforçou a preferência que cada pessoa já pode já ter, latente, sobre Dilma ou Aécio.
Hoje deve sair pesquisa do Ibope. Amanhã, Datafolha. Nas últimas pesquisas desses dois institutos houve surpresa, quando se ficou sabendo que os dois candidatos estão em empate técnico, com Aécio apenas dois pontos à frente. Será que o apoio da Marina Silva vai ajudar muito o tucano?
Pessoalmente, acho que Aécio está mesmo na frente, mas não pode subestimar o debate da Globo, três dias antes da eleição, onde Dilma pode ter trunfo guardado.
No mais, vamos evitar comentários de torcedor em FlaxFlu. O assunto é mais sério.
