RENATO RIELLA
Numa declaração titubeante, a presidente Dilma Rousseff (PT) reconheceu ontem que houve (será que ainda há?) corrupção na Petrobras. Mas não é isso que queremos ouvir.
Todos os brasileiros estão ansiosos para que, no debate de hoje à noite, na TV Record, Aécio Neves (PSDB) faça a seguinte pergunta a ela:
-“Candidata Dilma, se a senhora fosse reeleita Presidente, o que faria para salvar a Petrobras?”
Na verdade, há muitas semanas a gente espera que o próprio Aécio responda a essa pergunta, para a qual temos resposta na ponta da língua – mas ele claramente evita se comprometer.
Aécio e Dilma precisam nos dizer que, se eleitos, afastarão todos os diretores da Petrobras (inclusive Graça Forters), todos os gerentes e todos aqueles que tiveram participação nos processos suspeitos.
Ao mesmo tempo, todos os projetos ligados à corrupção terão avaliação urgente, sobre a manutenção ou não das operações.
Por exemplo: se a Usina de Pasadena (EUA) foi um péssimo negócio, porque nenhuma nova providência foi tomada a respeito desse projeto, que pode estar dando prejuízo crescente?
Dilma e Aécio estão nos devendo compromisso de campanha sobre a Petrobras. Ou será que, se eleitos, vão deixar rolar?