«

»

out 19 2014

REMORSO NÃO TEM TAMANHO. COMO ALGUMAS PESSOAS SUPORTAM?

RENATO RIELLA

Neste momento de tantos conflitos, lembro que remorso não tem tamanho.

Um dos maiores remorsos que carrego é ridículo, mas me marcou durante toda a vida.

Tinha nove anos, morando na Cidade Baixa de Salvador. Recebi no portão de casa um garoto da mesma idade, que queria trocar revistinhas de quadrinhos.

Vi na mão dele um “Pato Donald” que não tinha. Peguei a revista, deixei o carinha esperando lá fora, na grade (na sombra, pelo menos) e li a revista em leitura dinâmica, sentado no banquinho da cozinha. Não esqueço!

Voltei com três outros “Pato Donald”, mas o menino viu que havia sido enganado, e berrou:

-“Conheço essas suas revistas. Tudo velha. Você leu minha revista lá dentro e vem me devolver, seu filho-da-puta” – e saiu xingando (sobrou pra minha pobre mãezinha!).

Nunca esqueci esta cena. Imagine quem rouba a Petrobras! Será que esquece?

 

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Você pode usar estas tags e atributos HTML: <a href="" title=""> <abbr title=""> <acronym title=""> <b> <blockquote cite=""> <cite> <code> <del datetime=""> <em> <i> <q cite=""> <s> <strike> <strong>

*