RENATO RIELLA
Acabei de receber, num sinal luminoso, um folder fantástico, de 30x30cm, anunciando quatro grandes projetos imobiliários no DF.
De repente, me arrepiei: Odebrecht Realizações Imobiliárias. Logo, minha consciência gritou dentro de mim:
—-ODEBRECHT, NÃAAAAAAAO!
Depois, reequilibrado, pensei: como são jogadas no lixo ótimas imagens de empresas que passam a ser repudiadas pela população (a Seleção Brasileira está no mesmo caminho).
Muita gente em Brasília vai rejeitar o folder lindão da Odebrecht, pois a marca virou vilã nacional, na linha de Eike Batista, por exemplo (capa da Veja!).
No início deste ano, antevi o fenômeno nitidamente, numa visita que fiz a Salvador, onde me encontrei com dezenas de parentes e amigos, todos bem situados dentro da comunidade baiana.
A uns e outros, lamentei que a Operação Lava-Jato estivesse atingindo dois ícones do empresariado local, no caso a OAS (que chegou a pedir concordata) e a Odebrecht, que tem hoje o dono do mesmo nome na cadeia, fazendo cocô no buraco do chão, como se diz – entre outras coisitas.
Tomei susto ao ver a reação dos baianos, em frases como:
-Quero que eles se fodam!
-Merecem purgar no inferno!
-Nunca fizeram nada pela Bahia!
-Só sabem roubar!
-Diga no que eles fazem falta aos baianos?
Etc. etc. etc.
Com tanto tambor batendo contra a OAS e a Odebrecht, que realmente não honraram a Bahia, essas duas empresas e seus dirigentes vão encontrar o inferno por aqui mesmo, com lava-jato de fogo em cima deles. Se Deus quiser!