O mundo está acordando para o drama do ebola e a Assembleia Geral da ONU acaba de aprovar orçamento de quase US$ 50 milhões de dólares para a Missão de Resposta de Emergência contra a doença.
Uma preocupação, que pode gerar notícias negativas, é a desonestidade presente nas autoridades dos países atingidos pelo ebola, onde é comum atitude de corrupção e desmando na administração pública.
O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) emitiu comunicado afirmando que será preciso tomar medidas urgentes para evitar uma crise regional por causa do ébola. Após causar a morte de milhares de pessoas, a doença ameaça uma crise socieconômica também.
Representantes do Pnud avaliam de perto a situação em centros de tratamento do ebola que recebem apoio do programa da ONU, além de se reunirem com autoridades de saúde e agências de governo.
Os países afetados podem perder um total de US$ 13 bilhões, o equivalente a mais de R$ 31 bilhões, por causa do ebola. O Produto Interno Bruto da Guiné, da Libéria e de Serra Leoa pode encolher até 3% por causa do problema.
O Pnud cita ainda que o surto da doença tem um grande impacto nos serviços sociais de toda a região. Segundo o Programa da ONU, as escolas primárias, secundárias e universidades estão fechadas na Guiné.
Na Libéria, as campanhas de vacinação caíram pela metade desde o surgimento da doença. A segurança alimentar também foi afetada, com menos homens e mulheres trabalhando na agricultura.
O resultado pode ser visto no aumento do preço do arroz, de pelo menos 30%, em Serra Leoa, e na queda da produção do alimento, que já chega a 10% na Guiné.