RENATO RIELLA
O jornal Estadão fez uma reportagem sobre o jogo do Estádio Garrincha com nítida demonstração de dor de corno. Os paulistas não admitem a ousadia de Brasília, que tenta conquistar a partida de abertura da Copa do Mundo, por enquanto marcada para o Itaquerão, estádio corintiano que não tem previsão de conclusão das obras.
Além disso – que ousadia! – Brasília fez o jogo de despedida do Neymar, registrando a maior renda do futebol brasileiro em todos os tempos: R$ 7 milhões. Isso significa que muitas outras partidas de times paulistas devem vir para o DF, onde temos estádio e público que paga caro.
Na reportagem do Estadão, é dito que, “para evitar um vexame, os policiais liberaram a vistoria com detectores de metal – uma exigência na Copa das Confederações – uma hora antes do início do jogo, para garantir que milhares de torcedores entrassem na arena até o final do primeiro tempo”.
É bem possível que isso tenha acontecido. Meia hora antes da partida, o estádio ainda estava semi-vazio. De repente, lotou. Se houve essa determinação, flexibilizando a segurança na entrada, foi uma medida corajosa, que deu efeito positivo. Caso contrário, milhares de pessoas só conseguiriam entrar no estádio com o jogo já em andamento.
Aqui pra nós, acho que o governo brasileiro vai fazer isso nas alfândegas do aeroporto durante a Copa do Mundo. Caso contrário, os estrangeiros vão entrar nas nossas cidades quando os juízes estiverem apitando o final das partidas.
Voltando a Brasília, acho que o sucesso do jogo de domingo não impede que, nas próximas atrações, as medidas de segurança sejam restabelecidas, com melhores condições de trabalho. No Santos x Flamengo – graças a Deus! – tudo deu certo. Não houve incidentes visíveis. Porém…
A reportagem do Estadão tenta provar que o jogo não serviu como teste. Ora, claro que serviu! Tanto que as falhas terão de ser registradas e consertadas. Por exemplo, consta que o último banho de Neymar, em vestiário no Brasil, foi de água gelada. Epa! Epa! Se for difícil montar um sistema de aquecimento, compra-se uma ducha Lorenzetti nas lojas Américanas para o próximo jogo. Água fria não dá!
