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mar 16 2018

Pesquisa mostra que brasiliense reduziu o tempo do banho

bOs efeitos da maior crise hídrica da história do Distrito Federal podem ser percebidos nas atitudes dos brasilienses em relação ao uso da água.

É o que apontam as respostas dos entrevistados da pesquisa Comportamento Sustentável no DF: Visões sobre Conservação, Preservação e Coletividade, divulgada nesta quinta (15) pela Codeplan.

O objetivo do levantamento, segundo o presidente da empresa pública, Lucio Rennó, é aproveitar o 8º Fórum Mundial da Água — que ocorrerá de 18 a 23 de março no Centro de Convenções Ulysses Guimarães — para conscientizar a população.

Viu-se que 90% das pessoas disseram ter reduzido o tempo do banho, enquanto apenas 33% acreditam que isso seja hábito no DF, quando perguntados sobre a visão do comportamento de outras pessoas.

Noventa e sete por cento afirmaram fechar a torneira ao escovar os dentes. Já a percepção sobre a frequência do ato na sociedade foi de 28%. A pesquisa foi feita de 26 de janeiro a 20 de fevereiro, com 2.683 moradores das 31 regiões administrativas.

No caso de reutilização da água da chuva e do banho ou da máquina de lavar, as respostas positivas representam 56% e 74% dos casos, respectivamente.

O início do racionamento no abastecimento de água, em janeiro de 2017, converge com a resposta dos 61% que disseram ter comprado reservatórios para armazenar água no último ano. Desses, 46% apostam que outros fizeram a mesma coisa.

Trato dos resíduos sólidos

A pesquisa da Codeplan também abrange a atitude do brasiliense no trato dos resíduos sólidos. De acordo com o levantamento, 58% separam os materiais recicláveis no lixo de casa para a coleta seletiva. Mesmo assim, 78% dizem ter visto alguém jogar lixo nas ruas.

Apesar das diferenças entre as respostas das atitudes e do que se acredita que os outros fazem, a diretora-presidente do Serviço de Limpeza Urbana (SLU), Kátia Campos, vê os dados com otimismo.

“Com base no nosso trabalho, percebo que o discurso vem antes da prática. Muita gente compreende que é errado jogar lixo no chão, mas faz assim mesmo. No entanto, a pessoa tem a intenção de melhorar e alcançar o comportamento correto.”

Para Kátia, a apresentação da Codeplan foi além do comportamento do brasiliense com os recursos hídricos e tratou de cidadania. “Se alguém economiza água, tende a não jogar lixo na rua. Essa pesquisa levanta essa noção de responsabilidade e coletividade.”

Consumo per capita de água cai para 129 litros por dia em 2017

As respostas dadas à Codeplan estão alinhadas a informações levantadas pela Companhia de Saneamento Ambiental (Caesb).

De acordo com a estatal, o consumo de água caiu em Brasília, em 2017, para 129 litros per capita por dia — o recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) é de 110 litros.

Levantamento em 2016 apontou um uso por pessoa de 147 litros por dia. Em anos anteriores, o gasto também foi maior: 189 litros em 2014 e 153 em 2015.

A região residencial de maior consumo per capita ainda é o Lago Sul, que apresentou redução de 16,2%, de 437, em 2016, para 366 litros, em 2017. As localidades de menores consumos foram a Fercal (55 litros/habitantes/dia), o Itapoã (57) e a Estrutural/Scia (58).

Os dados levam em conta a população divulgada pelo IBGE e o volume de consumo apurado pela Caesb.

As únicas áreas onde houve aumento per capita foram o Paranoá e o Riacho Fundo II, regiões em que a Caesb passou a abastecer programas residenciais, como o Paranoá Parque e novas etapas do Morar Bem.

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