RENATO RIELLA
A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), que lidera esses investimentos no Brasil, está ficando maluquinha com as oscilações das pesquisas eleitorais para presidente do Brasil.
A Empiricus, uma das principais consultorias econômicas do país, envolvida em grandes polêmicas nas últimas semanas, mostra isso hoje, em sintética análise feita por Rodolfo Amstalden;
Ele diz que o mercado tem um viés sistemático no sentido de exagerar nas expectativas. E prova, com três constatações:
1) Quando Aécio era apenas uma pequena ameaça, as estatais começaram a subir.
2) Quando Marina se tornou concreta, elas dispararam.
3) E agora, que Dilma ressuscita, elas devolvem rapidamente o que ganharam.
“Sabe o que é curioso da renda variável? – pergunta Rodolfo. “Você pode sair de um lugar, cruzar à direita, virar à esquerda, subir, descer e voltar àquele mesmo ponto de partida”.
“No ínterim, algumas pessoas terão ganhado dinheiro, outras terão perdido. Ninguém se sentirá estático, muito menos indiferente. Há uma ilusão de movimento na Bolsa. Quem não se ilude, enriquece”, explica o analista.
Em resumo, saiba que as pesquisas eleitorais estão sacudindo a bolsa de valores de lado para lado, neuroticamente. Até 5 de outubro vai ser assim e depois, no segundo turno, pior ainda.
