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mar 28 2019

PF cumpre mandados e apreensão em endereços ligados ao ex-governador de GO

Polícia Federal apreende mala com cerca de R$ 800 mil durante a segunda fase da Operação Decantação, em Goiânia — Foto: Polícia Federal/ Divulgação

Polícia Federal cumpre hoje (28) mandados de busca e apreensão na Operação Decantação 2. A ação investiga desvios na Companhia de Saneamento de Goiás (Saneago). Um dos alvos de mandado de busca é o ex-governador do Estado José Eliton (PSDB).

Também foram expedidos cinco mandados de prisão temporária e são oito ao de busca em endereços de investigados e pessoas ligadas ao ex-governador. Durante as buscas, os policiais acharam uma mala de dinheiro e armas na casa de uma das mulheres presas. Segundo a PF, há R$ 800 mil.

Os mandados cumpridos hoje também envolvem o sequestro de 65 imóveis avaliados em R$ 35 milhões. Há indícios, segundo as investigações, de lavagem de dinheiro.

Em nota, a assessoria de José Eliton informou que ele está em Posse, no interior de Goiás, numa audiência como advogado, mas retorna nesta tarde para Goiânia.

Conforme o texto, o ex-governador “confirma que a PF cumpriu mandado de busca e apreensão em seu apartamento na capital, em que foi apreendido um computador, usado por seu filho mais novo”. Ele informou ainda que dará uma declaração assim que tiver acesso ao inquérito da continuação da Operação Decantação.

 

Empresários, dirigentes da empresa e agentes públicos são investigados pelos desvios. As buscas são feitas, conforme a polícia, em endereços de investigados e pessoas ligadas ao ex-governador, em Goiânia e Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital.

De acordo com a PF, foi constatado que três empresas, de um único dono, foram beneficiadas em contratos com a Saneago, mesmo com “impedimentos fiscais e não sendo especialistas na prestação dos serviços demandados, o que indica direcionamento de licitação”.

Segundo as investigações, parte dos recursos recebidos pela prestação de serviços à Saneago era repassada para o chefe de gabinete do então governador do estado. Também há indícios de que as empresas eram utilizadas para lavagem de dinheiro, pois conforme a PF, ficou comprovada transferência de valores na ordem de R$ 28 milhões entre o chefe de gabinete do ex-governador e a conta de uma das empresas.

A investigação apontou ainda que José Eliton usou, por várias vezes, um avião de propriedade de uma das empresas beneficiadas pelos contratos.

De acordo com a PF, os envolvidos devem responder, na medida de suas participações, pelos crimes de associação criminosa, peculato, corrupção passiva, corrupção ativa, fraudes em processos licitatórios e lavagem de dinheiro.

Fonte: JP/G1

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