A Polícia Federal deflagrou hoje (29) a 18ª fase da Operação Lesa Pátria para identificar participantes dos fatos ocorridos em 8 de janeiro em Brasília, quando o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal foram invadidos por indivíduos que promoveram violência e dano generalizado contra os imóveis, móveis e objetos daquelas Instituições.
Policiais federais cumprem um mandado de busca e apreensão, expedido pelo Supremo Tribunal Federal, em Brasília. O alvo é o general da reserva Ridauto Lúcio Fernandes, suspeito de ser executor e, possivelmente, um dos idealizadores dos atos golpistas.
O Supremo Tribunal Federal (STF) também determinou o bloqueio de ativos e valores do investigado. Apura-se que os valores dos danos causados ao patrimônio público no dia 8 de janeiro possam chegar a cifra de R$ 40 milhões.
Os fatos investigados constituem, em tese, os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.
As investigações continuam em curso e a Operação Lesa Pátria se torna permanente, com atualizações periódicas acerca do número de mandados judiciais expedidos, pessoas capturadas e foragidas.
O general Ridauto Lúcio Fernandes é ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde, ligado ao ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello. Ele foi nomeado para o cargo em julho de 2021 e exonerado em 31 de dezembro, último dia do governo de Jair Bolsonaro.
Atualmente, ele atua como professor do Instituto Sagres de Política e Gestão Estratégica Aplicadas, conforme informações disponíveis na página da internet da própria instituição
Fonte: g1/ Ascom Polícia Federal
Foto: Reprodução/Exército Brasileiro