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jun 13 2018

Polícia Civil deflagra Operação Vocatus

PCDF deflagra Operação Vocatus

A Polícia Civil  por meio da Coordenação de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Corpatri/PCDF), deflagrou, hoje (13), a Operação Vocatus para desarticular uma associação criminosa especializada na receptação de cargas roubadas, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica.

A operação contou com a participação da Secretaria da Fazenda do DF, de policiais das Divisões de Operações Especiais – DOE e de Operações Aéreas – DOA, assim como do Instituto de Criminalística/PCDF.

Na ação de hoje, foram cumpridos mandados de prisão preventiva, mandado de prisão temporária e 22 mandados de busca e apreensão. Os mandados são cumpridos nas cidades do Gama, de Águas Claras, Samambaia, Ceilândia, Santa Maria, São Sebastião, da Estrutural, Cidade Ocidental/GO e de Valparaíso/GO.

A investigação é um desdobramento da prisão em flagrante ocorrida, no dia 7 de março deste ano, onde foram apreendidas, aproximadamente, 50 toneladas de mercadorias roubadas em um galpão situado no Gama/DF.

“O grupo é estruturalmente ordenado e caracterizado pela divisão de tarefas, com o fim de obter vantagem patrimonial mediante a prática de infrações penais, notadamente a receptação de cargas roubadas, a venda de produto do crime por intermédio de comércio irregular para os supermercados do DF, a falsidade ideológica na constituição de empresas de fachada e a lavagem de dinheiro”, explica o delegado Marco Aurélio Vergílio, chefe da Corpatri.

A organização criminosa, atuante no DF há pelo menos quatro anos, funcionava como um verdadeiro centro de distribuição. Assaltantes do entorno do DF atuavam como fornecedores. Eles contatavam os integrantes do grupo para negociar a carga roubada. Essa carga era armazenada em galpões alugados e eram comercializadas em supermercados, situados em Santa Maria, Ceilândia, Samambaia e no Gama.

As investigações indicaram a criação de empresas de fachada para a emissão irregular de notas fiscais para “esquentar” as mercadorias roubadas e inseri-las nas prateleiras de estabelecimentos comerciais no Distrito Federal para a venda ao consumidor final.

“Foi possível observar que o esquema criminoso se valia de um ciclo de empresas, as quais vão sendo sucessivamente descartadas e criadas novas, a fim de não chamar a atenção das autoridades competentes. Da mesma forma, identificou-se uma sucessão de ‘laranjas’ e ‘testas de ferro’ que figuram como sócios dessas empresas, afastando-se cada vez mais dos verdadeiros responsáveis pelas práticas criminosas”, destaca o delegado. Essa sucessão de empresas demonstrou que elas foram criadas por meio de diversas fraudes e utilizadas para diversos crimes, inclusive para a emissão de notas fiscais com dados não verdadeiros.

Os pagamentos à organização criminosa normalmente eram feitos em espécie, ou por intermédio de veículos, que posteriormente eram revendidos, sempre com o uso de procurações. Isso dificultava o rastreamento patrimonial e os ganhos financeiros.

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