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maio 17 2018

Política do DF só começa a se decidir em julho, depois da Copa. Paciência!

 

Não acredite em nada que você estiver lendo sobre a política do Distrito Federal. Somente depois da Copa do Mundo, em julho, teremos alguns sinais decisivos na composição das chapas e nas alianças partidárias.

Há muitas questões em jogo impedindo definições. Uma delas é a escolha do vice em cada possível chapa.

Rodrigo Rollemberg, o candidato mais visível ao Governo do DF, terá dificuldade nessa área. O atual governador não pode cometer o mesmo erro de 2014, quando escolheu Renato Santana (PPS) como vice e ganhou um inimigo durante todo o governo.

O mesmo ocorre com o mais provável concorrente, Jofran Frejat (PR), que oscila entre MDB, PP e agora o grupo liderado pelo senador Cristovam Buarque (PPS), na escolha de um possível vice.

No grupo do Frejat, circula ao lado ainda o PRB, onde o presidente local do partido, Wanderlei Tavares, também se apresenta como opção para vice.

Muita confusão!

Outra dificuldade é a escolha dos candidatos ao Senado. Se Cristovam se aproximar mesmo do Frejat, terá de disputar espaço com Paulo Octávio (PP) e Fraga (DEM), fortes concorrentes ao cargo de senador.

Há muitos interesses em jogo, dificultando decisões. Outra questão grave é o apoio aos candidatos presidenciais.

Nada se decidiu nessa área. Quem ficará com Alckmin, ou com Ciro, ou com Marina, ou com Bolsonaro?

Qualquer acordo que se tentar fechar hoje pode esbarrar nessas outras decisões futuras. “Alianças” de hoje podem ser derrubadas por interesses superiores.

Assim, a estratégia é deixar portas abertas. Para completar, Alírio (PTB) e Izalci (PSDB) ainda sonham em se candidatar ao GDF, frustrando-se diante da aproximação entre Frejat e Cristovam.

Izalci está prejudicado por disputas internas no PSDB, que só se resolvem em junho, e também pelo fracasso da candidatura presidencial de Alckmin.

De novo: quanta confusão!

Quem corre por fora e está se beneficiando diante desses desencontros é a ex-deputada sem mandato Eliana Pedrosa.

Ela oscilou entre partidos e acabou se filiando ao Pros, passando a integrar o grupo liderado pela família Roriz.

Eliana faz, por enquanto, campanha-solo. Não se desgasta, crescendo pouco a pouco junto ao eleitorado. Mas ela terá também as mesmas dificuldades, na hora de escolher um vice, ou candidatos ao Senado, entre outros desafios.

Posso ter esquecido alguns nomes, mas o comentário vale para os não citados também.

Depois da Copa, quando começarem a se definir as alianças no nível federal, ficará mais fácil entender a política de Brasília.

Paciência, paciência! E não leve a sério nenhuma foto publicada por aí. É tudo muito provisório.  (RENATO RIELLA)

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