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jan 02 2015

POLÍTICA EM BRASÍLIA É FEITA COM REVÓLVERES DE BRINQUEDO

RENATO RIELLA

A política brasiliense é de uma frouxidão total. Ninguém dá uns berros (muito menos tiros), nem empurrões – murros, então, nem falar.

Ninguém xinga a mãe de ninguém, nem inventa apelidos cortantes, daqueles que pegam para sempre.

ACM, o Malvadeza, se fizesse política em Brasília, morreria de inércia, de depressão, por falta de uso. Em mais de 30 anos de vivência, nunca ouvi um tirinho de espoleta em qualquer momento da política candanga.

O baiano ACM ficaria assustado de ver como Durval conseguiu derrubar castelos e fortalezas impunemente, sem alterar as batidas do próprio coração nem o nível de adrenalina. Imagine se fosse em Alagoas!

Em Brasília, ninguém processa ninguém, ninguém reage de forma violenta quando chantageado, ninguém cala a boca de ninguém de forma convincente.

E assim, mais um governador (Rodrigo Rollemberg) vai pairar acima da política de Brasília, durante quatro anos, sem intempéries, nem chuvas de granizo. Ele dará empregos a seguranças burocraticamente instalados, de paletó e gravatas de luxo. Ladies!

Nas campanhas eleitorais de Brasília, que acompanho sempre, os políticos mais violentos usam armas de brinquedo. Os valentões falam fino. São todos umas damas interesseiras, esses homens (e mulheres) que integram partidos desconhecidos ou em decadência.

Portanto, entremos de férias em janeiro, pois nada mais acontecerá. Ficou tudo como Abrantes no quartel de antes.

A oposição em Brasília sempre coube e caberá num selfie.

Temos uma oposição de Instagram na Capital da República.

E se estiver faltando dinheiro, é só esperar um pouco, pois os bilhões chovem dos céus sob Brasília, sem necessidade de se fazer força.

Basta que não se gaste tudo de uma vez em obras inúteis.

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