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nov 29 2022

Preços ao Produtor da Indústria (IPP) fica cai 0,85% em outubro

Em outubro de 2022, os preços da indústria caíram 0,85%. O acumulado no ano chegou a 5,04% e o acumulado em 12 meses, a 6,50%. Em outubro, 12 das 24 atividades investigadas tiveram variações positivas de preço ante o mês anterior.

O Índice de Preços ao Produtor (IPP) das Indústrias Extrativas e de Transformação mede os preços de produtos “na porta de fábrica”, sem impostos e fretes, e abrange as grandes categorias econômicas: bens de capital, bens intermediários e bens de consumo (duráveis, semiduráveis e não duráveis).

As quatro maiores variações de outubro foram outros produtos químicos (-4,58%); indústrias extrativas (-3,44%); madeira (-2,39%); e refino de petróleo e biocombustíveis (-1,40%).

O setor industrial de maior destaque na composição do resultado agregado foi o de outros produtos químicos, responsável por -0,44 ponto percentual (p.p.) de influência na variação de -0,85% da indústria geral. Ainda neste quesito, outras atividades que também sobressaíram foram refino de petróleo e biocombustíveis, com -0,17 p.p. de influência, indústrias extrativas (-0,17 p.p.) e alimentos (-0,10 p.p.).

O acumulado no ano atingiu 5,04% ante 5,95% de setembro/2022. A título de comparação, no último ano (2021) a taxa acumulada até o mês de outubro havia sido de 26,69%. As maiores variações no acumulado em outubro de 2022 foram em: papel e celulose (17,54%), refino de petróleo e biocombustíveis (16,26%), impressão (15,81%) e vestuário (14,77%). As principais influências foram registradas em refino de petróleo e biocombustíveis: 1,81 p.p., alimentos: 1,28 p.p., metalurgia: -0,67 p.p. e veículos automotores: 0,58 p.p.

Os preços do setor variaram em -0,41%, o terceiro mês consecutivo com variação negativa. Desde 2017 (primeiro entre janeiro e abril, depois entre junho e setembro) não houve um período de variação negativa acima de dois meses consecutivos. O acumulado no ano recuou de 5,82% em setembro para 5,39%, 10,31 p.p. menor do que o observado em outubro de 2021.

No acumulado em 12 meses, a variação de outubro é de 8,08% – nessa perspectiva há uma série decrescente desde julho de 2022 (quando era 19,55%). O destaque dado ao setor se deve a influência sobre o resultado da indústria geral. Sua influência no indicador mensal foi a quarta (-0,10 p.p., em -0,85%); no acumulado no ano, a segunda (1,28 p.p., em 5,04%); e, no acumulado nos 12 meses, a segunda (1,90 p.p., em 6,50%).

Os quatro produtos com maior influência em outubro somaram -0,25 p.p., em -0,41%. Duas influências foram negativas (“carnes e miudezas de aves congeladas” e “óleo de soja em bruto, mesmo degomado”) e duas positivas (“resíduos da extração de soja” e “açúcar VHP”.

Em outubro, a variação observada no setor foi de 0,38%, 28º resultado positivo consecutivo neste indicador, acumulando um aumento de 33,00%. Durante esse intervalo, o setor tem sido impactado por aumentos de custos em sua cadeia produtiva, em especial de insumos eletrônicos, por conta da crise de semicondutores, o que ajuda a explicar os maiores preços observados no período. Nos primeiros 10 meses de 2022, o setor acumula uma alta de 8,63%.

E a variação acumulada nos últimos 12 meses foi de 10,04%, resultado que vem apresentando uma desaceleração e é o menor observado desde setembro de 2020 (9,72%). A atividade de veículos automotores se destacou, dentre todos os setores analisados na pesquisa, por apresentar a quarta maior influência no indicador acumulado no ano, com 0,58 p.p. em 5,04% da Indústria Geral, além de possuir o quarto maior peso atual no cálculo do indicador geral, com uma contribuição de 6,97%.

O grupo econômico analisado da atividade, “fabricação de automóveis, camionetas e utilitários”, apresentou, em outubro, variação de 0,18% na comparação com setembro. Assim como ocorre no setor, esse é o 28º resultado positivo consecutivo nesse indicador, tendo acumulado um aumento de 28,08% nesse período. Além disso, o grupo acumula, nesses 10 primeiros meses de 2022, uma variação de 7,50%, ao passo que, nos últimos 12 meses, apresenta um resultado de 9,11%. Vale destacar que todos esses resultados estão abaixo da média do setor.

Fonte: Ascom/IBGE

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