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nov 29 2022

Índice de Confiança do Comércio caiu 10,8 pontos em novembro

O Índice de Confiança do Comércio (ICOM) do FGV IBRE caiu 10,8 pontos em novembro, ao passar de 98,0 para 87,2 pontos, menor patamar desde abril (85,9 pontos).

Na métrica de médias móveis trimestrais, houve queda de 4,1 pontos, primeira queda após oito meses consecutivos de resultados positivos.

“A deterioração da confiança do comércio ocorre pelo segundo mês consecutivo e chama atenção pela intensidade e disseminação da sua queda. Os empresários percebem uma forte desaceleração da atividade no momento e projetam piora para os próximos meses, em linha com um cenário mais restritivo de elevada taxa de juros, inflação e redução do ímpeto de consumo dos consumidores. Além disso, a despeito do fim do período eleitoral, fatores políticos parecem contribuir negativamente com o cenário limitando a melhora dos negócios nos próximos meses, o que torna difícil vislumbrar a trajetória da confiança nos próximos meses”, avalia Rodolpho Tobler, economista do FGV IBRE.

A queda da confiança em novembro foi disseminada nos seis principais segmentos do setor e ocorreu nos dois horizontes de tempo. O Índice de Situação Atual (ISA-COM) despencou 12,6 pontos para 89,7 pontos, menor desde março (92,9 pontos). Os dois indicadores que compõe o ISA-COM também tiveram significativa queda no mês, o volume de demanda atual caiu 11,6 pontos e a situação atual dos negócios 13,5 pontos.

Já o Índice de Expectativas (IE-COM) recuou 8,6 pontos, para 85,2 pontos, menor nível desde julho (84,8 pontos) influenciado pela piora das perspectivas de vendas nos próximos meses cujo indicador diminuiu 10,8 pontos e da queda de 6,2 pontos no indicador que prevê a tendência dos negócios nos próximos seis meses.

Todos os meses as empresas respondem quais fatores limitam a melhoria da sua empresa. Além dos fatores apresentados (como demanda insuficiente, custo financeiro, competição e mais itens) as empresas podem outros fatores que elas julgam importantes.

Esses fatores são categorizados e distribuídos, como no gráfico abaixo, e é possível notar um aumento de fatores políticos como limitação de melhoria das empresas nos dois últimos meses, se aproximando do nível dos fatores econômicos.

Fonte: FGV Ibre

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