A Petrobras está envolvida em intensa guerra de comunicação, tentando passar para a opinião pública brasileira e para os investidores internacionais a visão de que não está em crise.
Trata-se de missão difícil, quase impossível. O certo é que as ações vêm despencando ao longo dos meses, abalando o desempenho da Bolsa de Valores de São Paulo, a Bovespa.
A presidente da empresa, Graça Forster, aparece nos rankings como uma das mulheres mais poderosas do mundo. Ela, pessoalmente, ostenta grande credibilidade, mas os desmandos cometidos em administrações anteriores abalam a imagem da Petrobras.
Graça Foster, tentando reverter o clima de pessimismo, dá entrevistas e participa de debates. Segundo ela, o Brasil deve se tornar autossuficiente na produção de petróleo no ano que vem. E mais: a autossuficiência em derivados de petróleo, anunciada indevidamente pelo governo Lula na década passada, deve ser alcançada em 2020, quando estarão operando todas as refinarias atualmente em construção.
A presidente da Petrobras explicou que o Brasil sempre estará importando petróleo, “porque produzimos, importamos e exportamos de acordo com [a capacidade das] nossas refinarias. Então, é isso: existe uma autossuficiência líquida entre o que se importa e se exporta”, acrescentou Graças, numa declaração difícil de se entender.
