Todo mundo tenta fazer comparação entre Rodrigo Rollemberg e Joe Valle.
Vou tentar reduzir esses termos comparativos.
Lembro a vocês que, quando teve boa performance no primeiro turno da eleição, Rollemberg foi pessimamamente orientado e sinalizou qual seria o fracasso da sua trajetória.
Seu staff de campanha, tecnocrata da comunicação, estabeleceu que Rollemberg seria um governador sem compromisso político com ninguém.
Repudiou todos os partidos, todas as alianças e apenas manteve, aos trancos e barrancos, o PSD, que lhe ofereceu um vice-governador ideal: Renato Santana, desconhecido, sem voto, o qual nunca seria uma sombra para o governador.
O staff de campanha do governador desapareceu há muito tempo, mas a filosofia de “ilha sem pontes” permanece. Na época, cheguei a escrever que este “staff” foi mais prejudicial a Brasília do que o terremoto do Nepal (lembram?)
Previ a vitória de Joe Valle na Câmara Legislativa, em análises privadas que fiz, mostrando o seguinte:
—Um governador Rollemberg que, dois dias antes, teve 29 votos derrubados pelos deputados distritais, estava fraco, sem poder para eleger um presidente na Casa.
Agacial Maia, com apoio de Rodrigo Rollemberg, teve até muitos votos (12). Mas a maioria desses, hoje, já retomam suas vagas na oposição ao governador.
Alguns me perguntam se pode sair um impeachment do governador Rollemberg.
Minha resposta: praticamente nula essa hipótese.
Primeiro, Rollemberg não tem nenhuma mancha moral aparente,
que possa resultar no seu afastamento.
Depois, quem será maluco de derrubar Rollemberg para tornar Renato Santana um governador com mandato de dois anos?
E qual a diferença do Joe?
Digo com firmeza. Joe Valle será um grande político no DF se souber conviver politicamente com todas as tendências.
Muitos dirão que, assim, ele vai se comprometer e se corromper. Duvido!
Joe saberá dizer não aos exageros e às ilegalidades, ouvindo os contrários e aproveitando o que for útil.
Se fizer isso sobreviverá. (RENATO RIELLA)
