RENATO RIELLA
O prefeito do Rio, Eduardo Paes, resolveu aplicar uma lei municipal já existente, pela qual poderá cobrar multas de até R$ 3 mil de quem jogar lixo na rua.
Sei que é demais acreditar que dará certo, numa cidade em que três bandidos numa van de transporte público estupram uma turista americana durante oito vezes, rindo e comemorando.
Eduardo Paes tem enfrentado também o péssimo hábito daqueles que urinam nas ruas. Lembro que, em Salvador, pilares de viadutos ficam corroídos por esse hábito escandaloso.
O Rio criou, no último Carnaval, os pelotões anti-xixi, que levaram para delegacias de polícia os infratores. É uma tentativa de mudança cultural, que agora vem acrescida da lei do lixo.
Fica a dúvida sobre os grandes eventos. Haverá força suficiente para evitar que em concentrações como o Rock in Rio milhares de toneladas de lixo sejam jogadas no chão?
Por fim, registro que Brasília está atrasada. Aqui, onde a faixa de pedestres surpreendentemente pegou, é comum vermos vagabundos jogando lixo das janelas dos carros.
Há poucos dias, um carro à minha frente projetou no asfalto um coco, que saiu quicando e quase me acerta. O que fazer? Se estivesse armado, teria dado um tiro no cara (mas felizmente nem sei atirar).
E assim vamos. Pode ser que um dia o Brasil avance.