ANTONIO ALBUQUERQUE (Notibras)
Há suspeitas de manipulação de dados nas pesquisas de opinião pública realizadas por institutos de Brasília sobre a corrida ao Palácio do Buriti.
A campanha do governador Rodrigo Rollemberg (PSB), que tenta a reeleição, teria ingressado com ação no Tribunal Regional Eleitoral para ter acesso às metodologias usadas, ouvir as entrevistas e checar a tabulação dos dados.
O certo é que parou tudo. A situação chegou a tal ponto, revelam pessoas próximas aos principais candidatos, que até o Ibope, que teria números já computados sobre a disputa no Distrito Federal, decidiu rever as informações colhidas no Plano Piloto e nas cidades-satélites.
Apenas o Datafolha, por sua expressão nacional, mantém um levantamento de campo, que deve ser divulgado na terça, 21.
O próprio Palácio do Buriti estaria pressionando os institutos de pesquisa. Um deles seria o Ibope. Apesar de ficar sediado no Rio de Janeiro, esse instituto teria ligações estreitas com o Governo de Brasília. Seriam laços familiares que misturam publicidade com pesquisa.
Alertado, o Ibope teria decidido rever seus dados, que indicariam uma vantagem de Rollemberg sobre os demais candidatos, confrontando levantamentos de empresas locais.
Hoje, as informações sobre a sucessão em Brasília que chegam às redações são desencontradas. No grupo de Rollemberg, portanto, ninguém descarta que números maquiados tentem beneficiar esse ou aquele candidato.
O sinal de alerta foi ligado na semana passada no escritório da advogada Gabriela Rollemberg, filha do governador de Brasília. Ali, a preocupação com ‘pesquisas fake’ é cada vez maior.