RENATO RIELLA
É assustador! Existe um distanciamento grande da população do DF no que se refere à eleição de governador.
No caso da eleição presidencial, o grau de definição é bem menor, até mesmo pelo fenômeno Bolsonaro e pelo fanatismo petista.
Mas, para deputado distrital, a situação é muito mais grave. Pode ser dito que mais de 90% dos eleitores não pensaram ainda em quem votar para a Câmara Legislativa.
Na eleição de governador, somos enganados pela pesquisa chamada estimulada. Funciona assim: o pesquisador apresenta uma lista de 11 nomes ao eleitor e insiste para que ele escolha um. Acabam sendo relacionados nomes mais conhecidos, mas sem fixação de voto.
O que devemos mesmo analisar, como surpreendente, é que na pesquisa espontânea aparecem cerca de 80% dos eleitores dizendo que não têm a menor ideia sobre a votação para governador.
A pesquisa espontânea, claro, é feita sem a apresentação de nomes. Neste caso, vimos na pesquisa do Ibope, quem leva vantagem é o governador Rollemberg, mais conhecido, mas que obteve apenas 6% de reconhecimento.
Os demais, mesmo os mais poderosos, oscilam de 4% a 1%, empatados dentro da margem de erro.
Moral da história: nos próximos dias, com os diversos níveis de campanha, a população vai conhecendo os candidatos a governador e o grau de indefinição diminui.
Mas não podemos ignorar que o voto perdido, para governador, pode atingir mais de 40% do eleitorado de dois milhões de pessoas.
Êta eleição difícil!