RENATO RIELLA
A gente assume um tom preconceituoso e reclama porque Renan Calheiros elegeu o filho governador. Na mesma Alagoas, Fernando Collor foi eleito senador. E, no Pará, Jader poderá eleger o filho governador em segundo turno.
Os chamados grotões (lugares mais pobres) oferecem resultados horríveis. Mas, e São Paulo? Como classificar os paulistas e paulistanos, nas suas péssimas opções?
Vejam vocês que, na terra do Corinthians, o palhaço Tiririca foi reeleito deputado federal com quase um milhão de votos. Ninguém sabe de um projeto, um discurso ou um voto desse cara, mas ele volta eleito e ungido, cheio de moral – embora ainda analfabeto.
Antes dele, com quase um milhão de votos, os paulistas elegeram como deputado federal o tal Russomano, que perdeu a eleição de prefeito para Haddad. Ele é um radialista vibrante, evangélico, que vai eleger cinco outros deputados inexpressivos com o caminhão de votos recebido na urnas.
O terceiro deputado é o famigerado Pastor Feliciano, de postura retrógrada, que ocupou a Comissão de Direitos Humanos da Câmara e gerou diversos escândalos. A culpa deve ser da falta de água.
Diga lá! Dá para falar mal do Piauí?
O bom de São Paulo foi a eleição para o Senado, não necessariamente pela escolha do tucano José Serra, mas pela conseqüência disso. Logo depois do resultado, foi anunciado o lançamento de uma dupla musical fantástica, com o seguinte nome:
SUPLA & CY