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nov 28 2017

Se sair do governo em março, Alckmin perde foro privilegiado. Será que vale arriscar?

RENATO RIELLA

Está mais claro do que nunca que o atual governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, ocupou espaço no PSDB para ser o candidato à Presidência da República.

Ele correrá grande risco a partir de março, quando terá de deixar o governo, se desincompatilizando, passando a não contar mais com o chamado foto privilegiado.

Ficará mais de três meses a descoberto, quando poderá ser atingido pelas investigações do chamado Caso Lava-Jato. Ficará frente a frente com o juiz Sérgio Moro.

Vale lembrar que, de forma surpreendente, a procuradora geral da República, Raquel Dodge, pediu este mês a abertura de inquérito penal no Superior Tribunal de Justiça (por causa do foto privilegiado de governador) contra Geraldo Alckmin para investigar acusações feitas por delatores da Odebrecht.

Os delatores dizem que o governador paulista teria sido o destinatário de R$ 10,7 milhões repassados pelo setor de propinas da empreiteira, com a ajuda de seu cunhado, Adhemar César Ribeiro.

Alckmin nega a acusação. O inquérito corre em segredo de Justiça no STJ e tem a ministra Nancy Andrighi como relatora.

Aliados de Alckmin creditam a uma suposta influência do governo sobre a equipe de Raquel Dodge, nomeada por Michel Temer para a Procuradoria-Geral da República, o fato de a denúncia contra ele ter começado de novo a andar. Será que isso procede?

O certo é que Alckmin terá de pensar muito antes de renunciar ao governo de São Paulo em meio a tanta incerteza. É mais uma situação duvidosa dentro da sucessão presidencial.

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