RENATO RIELLA
O senador Randolfe Rodrigues, do Amapá, deverá ser o candidato do partido PSOL para as eleições presidenciais de 2014, mas seu nome só será oficializado no próximo ano.
De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), as legendas têm de 10 a 30 de junho de 2014 para realizar as convenções partidárias, quando serão oficializados os candidatos e coligações para as eleições de outubro do ano que vem.
Randolfe surge como o verdadeiro candidato de oposição, pelas posições que costuma adotar no Senado. Os outros concorrentes à Presidência (Aécio Neves e Eduardo Campos) têm adotado um tom excessivamente light.
No entanto, pesa contra Randolfe a idade (apenas 41 anos), o seu estado de origem (o Amapá), a falta de peso do seu partido (PSOL) e até o desconhecimento do seu nome.
Além disso, os tempos disponíveis para o PSOL ocupar espaço na TV são mínimos.
Restam os debates presidenciais, mas a entrada em cena do terceiro candidato de oposição vai fortalecer a tese dos que defendem a ausência da presidente Dilma nesses encontros transmitidos pela TV.
Dilma deverá alegar que, nos debates, os três homens estarão unidos contra ela, uma mulher, o que pode parecer um enfrentamento desleal.
De qualquer forma, Randolfe passa a ser algo de novo na disputa presidencial, obrigando todo mundo a reestudar o panorama político. Será que ele vai incomodar?