RENATO RIELLA
Como eleitor, esperei, esperei, esperei…e nada. Nem no primeiro turno, nem no segundo, nenhum candidato se arrisca a abordar com firmeza, de forma decisiva, o escândalo da Petrobras.
Digo escândalo no singular porque passamos daquela fase da Usina de Pasadena. Hoje, podemos afirmar que virou um caso único de corrupção generalizada na maior empresa do país.
Ninguém cobrou da presidente Dilma Rousseff providência imediata para evitar novas sangrias. Se a administração permanece a mesma, como dormir tranquilo?
Da mesma forma, nem Marina Silva (PSB), nem aquele carinha ridículo do PRTB, disseram nos debates o que fariam se fossem eleitos.
Agora estou de olho no Aécio Neves (PSDB), que evita se aprofundar neste escândalo crescente.
Se Dilma não faz nada, por que Aécio não diz isso, pedindo antecipação de providências? Caso contrário, se eleito, ele receberá uma Petrobras ainda pior.
Na verdade, quero ouvir de Aécio (depois de ouvir especialistas, é claro), o que ele fará quando assumir o governo.
Certamente vai trocar a diretoria, mas como poderá nos garantir que as coisas vão melhorar?
Aécio tem alguma solução para a tal Usina de Pasadena? Vale a pena mantê-la em operação? Ou é melhor vender esse bonde por qualquer preço?
E sobre o aumento da gasolina? Aécio acha que este reajuste é indispensável?
Pode ser que ele não tenha respostas para tudo isso, mas pelo menos que incomode a Dilma, exigindo dela providências imediatas.
O que parece mesmo é que ninguém tem competência (nem solução) para enfrentar o drama da Petrobras. E a sangria deve prosseguir. Seguremos nossos bolsos.
