RENATO RIELLA
O Brasil é um país engraçado, onde as questões mais graves são discutidas pela metade.
Digo isso porque o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, político de imagem abalada por tantos erros, está certo na sua principal discussão do momento.
A Câmara Federal aprovou, em decisão final, a redivisão dos royalties do petróleo. É assunto confuso, de difícil entendimento, mas uma política precisa ser definida pela presidente Dilma Rousseff.
Essa política precisa indicar que a redivisão dos royalties só deve valer para futuras prospecções de petróleo, sem abalar o status atual do Rio de Janeiro (e do Espírito Santo, em menor escala).
Dito assim, Sérgio Cabral está certo. A discussão sobre os royalties foi feita num momento em que havia grande esperança de produção quase imediata na zona do Pré-Sal. Hoje sabemos que passarão algumas décadas até que isso aconteça. E o Rio não pode mesmo perder o que já tem.
Quanto aos demais, que se unam e lutem pela aceleração do Pré-Sal.