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mar 21 2024

Soldados de Israel matam mais de 140 pessoas no principal hospital de Gaza

Faixa de Gaza está destruída por bombardeios

As Forças Armadas de Israel divulgaram um balanço da operação militar no Hospital al-Shifa, o maior da região de Gaza, que chega ao quarto dia hoje (21). Segundo o levantamento, a ofensiva já deixou mais de 140 mortos, os quais os militares israelenses alegam ser membros do Hamas e a Jihad Islâmica. 50 alvos foram eliminados nas últimas 24 horas.

“Desde o início da operação, mais de 140 terroristas foram eliminados na área do hospital”, diz um comunicado. Em uma publicação no X, antigo Twitter, as FDI disseram que “infraestrutura terrorista” e “depósito de armas” foram localizados durante a operação no hospital.

Em pronunciamento em vídeo divulgado ontem (19), o contra-almirante Daniel Hagari, principal porta-voz do Exército, reafirmou que homens do Hamas e da Jihad Islâmica estavam escondidos no local.

Ainda de acordo com Hagari, as FDI prenderam mais de 250 pessoas identificadas como terroristas e estão investigando outras 350. O porta-voz diz que Israel fornece água, alimentos e geradores para auxiliar o funcionamento do hospital.

Israel justificou a operação no Hospital al-Shifa, iniciada na madrugada de segunda-feira, argumentando que o grupo terrorista Hamas, incluindo lideranças, estariam reagrupados e escondidos na região. As Brigadas al-Qassam, braço militar do Hamas, afirmaram que havia membros “envolvidos em fortes confrontos com forças inimigas” perto do hospital, horas após o início da operação.

O Hamas, por sua vez, nega que o local abrigue militantes do grupo, e afirma que os mortos na operação desta semana eram pacientes feridos e palestinos deslocados que viviam ao redor do complexo hospitalar.

Segundo a lei internacional, “ataques intencionais diretos” contra hospitais podem ser enquadrados como crimes de guerra. Entretanto, as autoridades israelenses justificam a operação pelo fato do local ser utilizado, segundo elas, como centro de atividades terroristas. Ontem, em um balanço anterior, as forças israelenses afirmaram que operaram “prevenindo danos aos pacientes, equipe e equipamentos” do hospital.

Apesar das alegações, há relatos de funcionários do hospital e de repórteres que estavam na unidade de que houve excessos ao longo da operação .

Hoje, o Ministério da Saúde do Hamas divulgou que 31.988 pessoas morreram e 74.188 pessoas ficaram feridas no território desde 7 de outubro. O balanço inclui ao menos 65 mortes nas últimas 24 horas, segundo o comunicado do ministério.

Fonte: iG

Foto: ONU

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