RENATO RIELLA
Me deu vergonha de ser brasileiro ao ver hoje, nos jornais de TV, a falta de garra do governo federal e do governo de São Paulo diante das mortes provocadas na capital paulista pelo chamado crime organizado.
Ambos os governos deixaram passar mais de uma semana depois das eleições municipais para, relevando as suas diferenças polÃticas, discutir as centenas de mortes que atingem policiais e parentes desses trabalhadores da segurança pública.
Anotem esses dois nomes: governador Geraldo Alckmin e ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. A forma sonolenta com que apareceram nas telas das TVs mostra que não acordaram para a dimensão da crise.
Enquanto diariamente mais de dez mortes são anunciadas, eles prometeram criar um comitê intergovernamental para estudar o problema.
O BLOG ANTECIPOU A SOLUÇÃO
Entre as soluções em análise, está a principal, apresentada por este BLOG antes das eleições: é preciso transferir mais de cem presos do PCC, que estão nas prisões de São Paulo, para penitenciárias de outros estados, mantendo-os isolados de contato com “suas bases”.
Bandidos organizados e cheios de dinheiro dão ordem ao crime organizado, para que São Paulo assuma ares de México, um paÃs onde o crime ameaça o governo e a sociedade.
Dá pena ver a falta de energia do governador Alckmin diante de uma situação tão grave. Quem entende de polÃcia sabe que os serviços de inteligência estaduais e federais têm tudo levantado, conhecendo os mandantes, sabendo como se desenvolvem as práticas criminosas, entre outras informações.
Só resta agir. Só resta ter coragem de declarar guerra ao PCC.
Hoje, de fora, temos a impressão de que os governos estão acovardados, com medo de que o PCC amplie de forma significativa o desafio à s forças públicas. Ora, se isso ocorrer, que chamemos o Exército, a Marinha, a Aeronáutica, a PolÃcia Federal e até as tropas da ONU.