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maio 23 2016

TEMER SE LIVROU DE JUCÁ PARA ELEGER EUNÍCIO PRESIDENTE DO SENADO E DO CONGRESSO NACIONAL

Vocês não vão acreditar, mas Michel Temer tem um plano maquiavélico – e este plano passa por essa destruição que estamos assistindo de Romero Jucá.

O senador Jucá, que já foi líder de todos os governos contrastantes, era um nome muito forte para assumir a presidência do Senado e do Congresso Nacional no biênio 2017/2018.

No entanto, para o PMDB, é mais importante que este cargo seja exercido pelo seu atual líder, o senador cearense Eunício Oliveira, que está com o nome limpo no lamaçal e pretende, claramente, ser governador do Ceará em 2019.

Assim, Jucá foi convencido a ser ministro do Planejamento de Temer, num acordo peemedebista para deixar Eunício com estrada asfaltada na disputa de 2017 do Senado.

Agora, Jucá volta para o Congresso estraçalhado, dedicando-se exclusivamente ao trabalho de se proteger de uma possível prisão, com perda de mandato iminente. Já não consegue concorrer à presidência do Congresso com Eunício…

Michel Temer estava cansado de saber que Romero Jucá tinha vida curta. Todos os bons observadores brasileiros sabiam disso.

 

TEMER TEM JOSÉ SERRA COMO CANDIDATO

Vale lembrar que o plano, a longo prazo, de Temer, é eleger José Serra presidente da República pelo PMDB, numa próxima eleição.

Pode até ser uma eleição antecipada, ainda este ano, se houver grande acordo político-jurídico nesse sentido, mas pode ser também a eleição normal, em 2018.

Não esqueçam que existe sempre a possibilidade de cassação da chapa Dilma-Temer no Tribunal Superior Eleitoral, gerando a possibilidade de uma nova eleição (se for este ano) ou de uma eleição indireta (se a cassação ocorrer em 2017).

Um fator político que impede esta cassação de Dilma-Temer é a presença de Waldir Maranhão como presidente da Câmara Federal. Os ministros do TSE não são malucos de cassar Temer (junto com Dilma), correndo o risco de instalar no Palácio do Planalto essa figura grotesca do Maranhão.

 

HÁ UM ANO ANTECIPEI ESSA ESTRATÉGIA

Quero lembrar que, no dia 20 de junho do ano passado, antecipei essa estratégia do Temer, de eleger Serra, e publiquei os detalhes amplamente.

Dias e dias depois do 20 de junho, diversos grandes analistas políticos foram confirmando essa negociação de Temer e Serra com vistas às próximas eleições.

Assim, Temer segue com Serra a mesma estratégia de Itamar Franco, em 1992, quando nomeou Fernando Henrique Cardoso para ministro das Relações Exteriores, gerando depois a eleição de FHC.

Em algum momento, Serra pode deixar o PSDB para disputar uma eleição presidencial pelo PMDB, partido que não tem nome para concorrer à Presidência da República.

Tudo isso depende de muitas coisas, inclusive depende da permanência e do sucesso do governo Temer durante os próximos meses.

Assim, Jucá é uma pedra colocada à margem do processo político. Na sequência, vem o presidente do Senado, Renan Calheiros, que a qualquer momento desmorona.

Mas anotem: nada de fundamental acontecerá no Brasil enquanto Eduardo Cunha e seu marionete Maranhão não forem destruídos.

Anotem principalmente esta última recomendação: o Brasil continua refém de Cunha. Só o Supremo Tribunal, num ato radical, poderá nos salvar dele.

Quando Cunha desaparecer, forças diversas podem se unir na busca de uma solução decente para este país moribundo.

Até lá, veremos uma sucessão de lamas. (RENATO RIELLA)

 

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