RENATO RIELLA
Sequestro relâmpago e dengue! Em Brasília, você será atingido por um desses males. Ou os dois! E há muito pouco o que fazer, se você for um cidadão comum.
Por enquanto, consegui escapar. No caso do sequestro relâmpago, tomo alguns cuidados, que passo a relatar.
Circulo de carro com os dois vidros levemente abertos (não gosto de ar condicionado), de modo a não dar espaço para passar uma mão de bandido.
Trabalho em dois ou três escritórios da W3. Sempre que saio, peço a alguém para me acompanhar com a vista até sair com o carro.
Quando estou me aproximando do carro, dou uma volta mais larga, a pé, para ver se não há alguém escondido nas proximidades. Faça isso até nos estacionamentos pagos, pois uma professora foi sequestrada no Pátio Brasil e morta no Parque da Cidade.
Se houver gente estranha perto do carro, fale de longe, perguntando o que quer. Etc.
Quando chegar com compras, pasta ou laptop na mão, coloque esses pesos no teto do carro e se afaste um pouco, impedindo a aproximação assustadora de alguém por trás.
Não confie nunca no vazio, pois do nada surge um miserável bandido. Às vezes, olho até embaixo do carro!
Tomando muito cuidado, quase em forma de neurose, você poderá escapar desse mal que assola Brasília. Mas sempre há a parcela do imponderável. Aí, só Deus ajuda.
DENGUE É PROBLEMA DE
DIFÍCIL CONTROLE
No caso da dengue, acredito que estamos vivendo grande desregulagem ecológica. Nas proximidades da minha casa, no Lago Sul de Brasília, há uma infestação de mosquitos. Já chamei o pessoal do pelotão anti-dengue, fizemos intensa busca e não achamos o foco.
Pessoas mais antigas e experientes sugerem a colocação de telas nas portas e janelas, reduzindo o acesso do mosquito às áreas domésticas. Ainda não fiz isso, mas é tarefa de investimento baixo, que não esquenta nem escurece a casa. Mas incomoda, pois algumas telas terão de ser colocadas e retiradas diariamente (para limpeza, acesso, etc).
O mosquito da dengue é aquele miserável que morde e suga de dia. Vejo esse monstrinho nos mais diversos lugares. Até no Parque da Cidade, caminhando em pleno sol, já fui picado, mas tenho imunidade bastante elevada, que me salva (até quando?)
Sabemos que os governos brasileiros relaxaram e devem lamentar, até hoje, a morte de Oswaldo Cruz, pois quase nada fazem na atualidade. E, assim, estamos à mercê da praga. Um dia…
REPELENTE CASEIRO
PODE SER SOLUÇÃO
Recebi pela internet a receita de um repelente contra mosquitos, que passo a vocês. Ainda não testei. Comprei os ingredientes, fiz a mistura e terei o produto pronto na terça-feira. Vamos lá!
INGREDIENTES:
1/2 litro de álcool
1 pacote de cravo da Índia (100g)
1 vidro de óleo para nenéns (100ml)
MODO DE FAZER:
Deixe o cravo curtindo no álcool uns quatro dias, agitando de manhã e à tarde.
Depois, coloque o óleo corporal (pode ser de amêndoas, camomila, erva doce, lavanda, aloe vera).
MODO DE USAR:
Passe uma gota no braço e nas pernas e o mosquito foge do cômodo.
O cravo espanta formigas da cozinha e dos eletrônicos, e espanta as pulgas dos animais.
O repelente evita que o mosquito sugue o sangue. Assim, ele não consegue maturar ovos e atrapalha a postura. Vai diminuindo a proliferação.
A comunidade toda tem que usar, como num mutirão.
Não forneça sangue para o aedes aegyty!
Autor: Ioshiko Nobuni, sobrevivente da dengue hemorrágica.
