O Presidente Bolsonaro se reúne hoje, a partir das 8h, com os Presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco, da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, e do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux, além do Procurador-Geral da República, Augusto Aras.
O tema do encontro é a pandemia da Covid-19. Governadores convidados também participarão da reunião, além do Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, empossado ontem.
O encontro ocorrerá no Palácio da Alvorada, tendo tempo previsto na agenda presidencial de duas horas e meia.
O objetivo oficial da reunião “é fortalecer o ambiente de união nacional para prevenção e combate ao vírus da Covid-19, além de ser um espaço para discussão de ações institucionais conjuntas”.
PRONUNCIAMENTO – Visando criar clima de entendimento na reunião dos três Poderes da República, Presidente Bolsonaro fez pronunciamento ontem em rede de TV.
Disse que o Brasil conseguirá vacinar toda a população até o fim deste ano. “2021 será o ano da vacinação dos brasileiros”, afirmou, dizendo que vacinas estão garantidas.
“Não sabemos por quanto tempo teremos que enfrentar essa doença, mas a produção nacional vai garantir que possamos vacinar os brasileiros todos os anos, independentemente das variantes que possam surgir”, disse.
Bolsonaro citou as três vacinas aprovadas pela Anvisa para uso emergencial ou definitivo: Oxford/AstraZeneca, Coronavac e Pfizer. Ele repetiu o discurso de que, desde o começo da pandemia, tem dito que os principais desafios são o vírus e o desemprego.
“Ao final do ano, teremos alcançado mais de 500 milhões de doses para vacinar toda a população. Muito em breve, retomaremos nossa vida normal”, afirmou.
RECOMENDAÇÃO – Para 25 estados e para o DF, a Fiocruz recomenda medidas urgentes de bloqueio, como lockdown e toque de recolher.
À exceção de Amazonas e Roraima, todos os outros entes federativos estão com mais de 80% dos leitos de UTI ocupados.
Os números mais alarmantes são os das regiões Sul e Centro-Oeste, com taxas superiores a 96%
MOÇÃO – Conforme previsto, o Senado aprovou moção de apelo à comunidade internacional por ajuda para acelerar a vacinação contra Covid-19 no Brasil.
STF – Ministro Marco Aurélio Mello, do STF (Supremo Tribunal Federal), negou o pedido do Presidente Bolsonaro para derrubar os decretos dos governadores do RS, BA e DF, que impõem restrições mais duras para a circulação de pessoas durante a pandemia.
BRASIL – Balanço da vacinação contra Covid-19 no Brasil aponta que 12.793.737 pessoas receberam a primeira dose de vacina contra a Covid-19. O número representa 6,04% da população brasileira
São 3.251 pessoas mortas pela Covid-19 ontem no Brasil, o maior número diário até agora, elevando o total a 298.676.
O resultado foi impactado por São Paulo, que anunciou no dia de ontem 1.021 óbitos, embora a Secretaria de Saúde informe que grande parte desses casos ocorreram em datas anteriores.
ORÇAMENTO – A Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2021 será votada pelo Congresso Nacional amanhã (25), informou a presidente da Comissão Mista de Orçamento (CMO), deputada Flávia Arruda.
A CMO deve analisar o parecer na manhã, para ser votado pelo plenário do Congresso à tarde.
Enquanto o Orçamento não é aprovado, só podem ser realizadas pelo Governo Federal despesas obrigatórias e de “caráter inadiável” até o limite de 1/12 avos por mês do Orçamento de 2020.
FERIADÃO – A Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) aprovou proposta do Governo estadual para adiantamento de feriados.
Será criado um feriadão, com recesso de dez dias, entre 26 de março e 4 de abril, para diminuir a movimentação de pessoas e combater a disseminação do coronavírus.
MORO – A 2ª Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu, por 3 votos a 2, que Sergio Moro, ex-juiz da Operação Lava Jato em Curitiba, foi parcial ao condenar o ex-Presidente Lula no caso do triplex do Guarujá.
A maioria foi atingida depois que a Ministra Cármen Lúcia, que havia se posicionado contra o pedido em 2018, revisou o voto.
A Procuradoria Geral da República requer que o tema seja submetido ao plenário do STF.
ECONOMIA – Dólar encerrou esta terça-feira (23) vendido a R$ 5,516, com leve recuo de 0,04%.
Índice Ibovespa, da Bolsa de Valores, fechou o dia de ontem aos 113.262 pontos, com recuo de 1,49%.
Por RENATO RIELLA
