ETHEVALDO SIQUEIRA
Você acredita na sinceridade desse ditador? De repente, não mais do que de repente, ele resolve fazer declarações de amor aos irmãos, coreanos do sul, e troca aperto de mão abaixo do paralelo 38, na fronteira entre os dois países, com o presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in.
Mais do que isso: promete desmontar seu arsenal nuclear. E já não repete as acusações mais ameaçadoras contra os Estados Unidos.
Que aconteceu para mudar de forma tão radical as atitudes ameaçadoras e o exibicionismo bélico nuclear do ridículo ditador? Será que tudo isso não é mais uma armação?
A Coreia do Norte é um país pobre – anos-luz atrás de sua irmã-vizinha Coreia do Sul.
Gastou bilhões com seu projeto nuclear para chantagear o mundo e a própria Coreia do Sul.
Até aqui tem recebido ajuda chinesa para coisas básicas como alimentos e remédios. Mas a China parece não estar satisfeita com sua pupila sem juízo e perdulária.
A situação chegou ao extremo.
Durante os últimos dois anos, Kim Jong-un tem lançado as maiores ameaças aos Estados Unidos, após cada lançamento de mísseis, que poderiam supostamente alcançar o outro lado do Pacífico.
O problema é que nenhuma grande potência nuclear – China, Estados Unidos, França e Reino Unido – quer brincar com fogo.
Analistas independentes afirmam que a viagem que Kim Jong-un à China, há poucas semanas, foi o momento da virada, pois os líderes chineses o puseram contra a parede e lhe sugeriram uma “saída honrosa” e até positiva, com a reaproximação da Coreia do Sul e a promessa de que poderá desmontar seu arsenal nuclear.
É bem possível que essa tese tenha fundamento.