Toda vez que boto gasolina no meu carro, em Brasília, rezo uma Ave Maria para o meu amigo deputado distrito Chico Vigilante.
Durante muitos anos, ajudei ele numa luta de Dom Quixote. Chico tentava provar que a gasolina, a R$ 4,00 o litro, era fruto de um cartel mantido pelas empresas donas dos postos de combustível da cidade.
Já estava desistindo dessa luta, descrente, quando as forças do Estado se mexeram contra o cartel e, hoje, a gente paga muito menos. Ontem, consegui um posto que me vendeu gasolina abaixo de R$ 3,40, com cartão de débito.
Vejo agora, nos jornais, que o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) fez acordo de leniência com o principal fornecedor de gasolina do DF, acabando de vez o famigerado cartel.
Agora, a venda do produto terá mantida uma concorrência saudável, que permite aos postos variar de preços e cobrar mais barato, quando possível.
Feito isso, liguei para Chico Vigilante, para dar dois cumprimentos. O primeiro, claro, por causa dessa vitória contra o cartel dos postos. E o segundo pela recuperação física dele, que teve um transtorno cardíaco, mas já está praticamente recuperado. (RENATO RIELLA)
