RENATO RIELLA
Assim que o nome de Abdon Henrique foi proposto para ser o presidente do Banco de Brasília (BRB), este BLOG alertou que haveria impedimentos para a nomeação. Exigência específica de formação superior e também de experiência bancária anterior seriam empecilhos. O que acabou se confirmando.
Abdon Henrique tem currículo invejável, mas não atende às condições para o cargo, que são muito específicas. Não importa se, antes, ele foi presidente da Associação Comercial e Industrial de Taguatinga (ACIT), administrador regional do Lago Sul e secretário de Desenvolvimento Econômico, além de ser empresário experiente.
Dirigir um banco do porte do BRB é tarefa cercada de exigências por parte do Banco Central. Por mais que o nome de Abdon Henrique houvesse sido aprovado pela Câmara Legislativa e pelo próprio conselho do banco, o governador Agnelo Queiroz acabou rendendo-se à realidade.
Com isso, o Governo do DF acabou divulgando um novo nome proposto para a presidência do Banco de Brasília, que terá de passar pelas mesmas etapas intermediárias, mas provavelmente não encontrará impedimentos.
Em mensagem encaminhada à Câmara Legislativa, o governador Agnelo Queiroz indicou Paulo Roberto Evangelista de Lima para o cargo, um técnico oriundo do Banco do Brasil.
Abdon Henrique de Araújo ocupará agora a Secretaria de Agricultura e Desenvolvimento Rural, no lugar de Lúcio Valadão (PSB), que deixou o Executivo no último sábado, depois que o seu partido decidiu afastar-se do governo Agnelo.
Paulo Roberto será o quarto presidente do BRB na gestão de Agnelo, assumindo o lugar de Jacques Pena, que esteve no cargo desde fevereiro deste ano. Antes de tomar posse, será sabatinado pelos deputados distritais e precisará ter o nome aprovado pelo Conselho de Administração do banco estatal.