O Brasil teve redução no consumo de energia elétrica acima de 2% no ano passado e este consumo continua caindo. Além disso, os reservatórios de água das hidrelétricas estão cheios, pelo excesso de chuvas. Mesmo assim, o famigerado horário de verão só termina no dia 21 de fevereiro, à zero hora.
As chuvas foram tantas que o governo decidiu desligar as usinas térmicas com custo de geração acima de R$ 420 por megawatt-hora (MWh).
A decisão vai permitir que, a partir do mês que vem, seja adotada a bandeira amarela no sistema de bandeiras tarifárias, o que significa acréscimo de R$ 1,5 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.
Atualmente, a bandeira aplicada é a vermelha, patamar 1, com acréscimo de R$ 3 a cada 100 kWh. Essa medida vai reduzir as contas de luz dos brasileiros em valores muito pequenos, que só saberemos quando recebermos a cobrança.
A decisão tomada pelo Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) permite o desligamento de sete usinas térmicas com capacidade de geração de cerca de 2 mil megawatts em geração térmica a partir de março.
Segundo o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, a medida vai permitir uma redução do custo do setor elétrico de R$ 720 milhões por mês em 2016. Ele disse que é possível ser adotada em abril a bandeira verde, na qual não é cobrado nenhum adicional na conta de luz.
“Ainda não é prudente anunciar a bandeira verde para abril, mas todos os estudos mostram que essa é uma possibilidade real”, afirmou.
Segundo Braga, a queda da tarifa neste ano deve ser de pelo menos 7% , levando em conta também a redução do valor da Conta de Desenvolvimento Energético, aprovada terça-feira (2) pela Aneel.