CARLOS MARCHI
Fui atravessar uma rua em Paris; olhei para o lado da mão de direção, não vinha carro.
Quando pus o pé na rua senti na orelha o vento do FDP num patinete elétrico, pela contramão, a uns 30 km/h.
Em Amsterdam, os patinetes elétricos – que ainda são poucos – andam livres pelas muitas ciclovias, ruas e calçadas.
Fica uma bagunça, porque vão disputar o espaço com os milhões de ciclistas, que se sentem os reis do espaço urbano.
Além dos ciclistas, a Holanda ainda permite que scooters até 50 cilindradas trafeguem pelas ciclovias.
Se um pedestre atravessar a ciclovia à frente de um ciclista, pode ter certeza de que ele vai tocar a bicicleta em cima.
De preferência, para matá-lo.
Em Paris, como há raras ciclovias, ciclistas e patinetetistas andam pelas ruas e calçadas.
Nos dois países, nenhuma regulamentação. Todos andam a plena velocidade e sem capacete.
Chego a SP e descubro que a prefeitura regulamentou o uso de patinetes.
Velocidade máxima de 20 km/h e capacete obrigatório.
Às vezes penso que somos mais civilizados que os europeus.