Tudo começa depois do Carnaval, mas já dá para perceber o que vai acontecer no Brasil nesses próximos meses.
A presidente Dilma Rousseff, por exemplo, está tão confiante na sua luta contra o impeachment, que decidiu ir pessoalmente ao Congresso Nacional para levar a mensagem do governo, abrindo o ano parlamentar.
Ela está sendo ajudada pela crise do Zika Vírus, que une o país na luta contra um mal crescente.
No entanto, Dilma tem muitas dificuldades ao começar a trabalhar com um orçamento baseado num novo imposto, a CPMF, que quase certamente não passa no Congresso Nacional. Como ela vai superar essa barreira?
Dizem que Dilma pensa em se afastar do PT, fazendo a partir de então um governo isento de salvação nacional.
Mas a crise que atinge o ex-presidente Lula não permite que a presidente Dilma abandone seus aliados e, principalmente, o aliado maior, Lula.
Hoje o PT começa a apresentar na TV inserções partidárias (filmetes de propaganda gratuita), nas quais reafirma confiança no líder Lula.
Hoje, quem analisa as coisas tecnicamente já acredita que o juiz Sérgio Moro não tem elementos reais para acusar Lula nas questões do triplex do Guarujá e do sítio de Atibaia, embora as digitais do ex-presidente estejam visíveis nos dois casos.
Ele pode não ser condenado pela Justiça, mas já está cumprindo pena na imprensa e na opinião pública, pois o comprometimento do petista maior é claro nesses dois casos de propriedades.
E assim vamos. Depois do Carnaval, poderemos ver com maior clareza o que Dilma Rouseff pretende fazer para o Brasil não afundar mais ainda.
Por enquanto, ela tenta demonstrar normalidade, cumprindo agendas diversas e propondo aumentos de impostos. Recebe, por exemplo, a visita do presidente da Bolívia, Evo Morales. Até quando?