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abr 22 2016

DILMA FOI ESTADISTA NA ONU, NÃO PETISTA

LEONARDO MOTA NETO

Um elogio a Dilma Rousseff. Uma presença digna, altiva, conforme o que o momento exigia.

Na Conferência das ONU sobre o Acordo de Paris, esta manhã, a presidente brasileira teve uma aparição marcante, para quem é dada como em fim de governo.

Há de ter desagradado a seu partido, o PT, que dela certamente esperava que empunhasse a bandeira anti-golpe sangue e a retórica odienta da revanche.

Que levasse ao plenário mundial da ONU a disputa doméstica e apequenada com Eduardo Cunha.

Que arrancasse dos presidentes do continente palavras de solidariedade do tipo denúncia ao mundo das “atrocidades cometidas pela oposição brasileira até hoje inconformada com o resultado das urnas, em conluio com a mídia comprada, a elite golpista, à Câmara dos Deputados que no domingo envergonhou o Brasil, e aos vingativos, conspiradores e corruptos, Temer e Cunha”.

 

Era exatamente esse o tom do discurso que o PT de Rui Falcão e o enclave bolivariano no governo esperavam que se pronunciasse no maior palco do mundo. Mas Dilma não fez.

Preferiu ser estadista, não petista. Seguiu a tradição de Oswaldo Aranha na mesma ONU.

Quando deixar o governo, mesmo debaixo de um impeachment aprovado pelo Senado, pelo menos positivou uma derradeira marca internacional de honra.

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