MAGNO MARTINS
Aliados do governador Eduardo Campos já admitem que não seja irreversível o seu projeto de disputar a Presidência da República. Cenário confortável para se lançar nessa corrida se daria com a agregação de mais apoios partidários, permitindo sair do isolamento no PSB.
Candidato exclusivo do PSB, Eduardo não teria dois minutos de propaganda no rádio e na televisão, restringindo, portanto, as condições de fazer uma campanha com um palanque eletrônico eficaz.
Se o governador não for além do PSB, ele não sai candidato a presidente, passando a avaliar a possibilidade de disputar o Senado, alternativa que não o empolga hoje.
Mas que pode se traduzir amanhã num voo em céu de brigadeiro, porque as chances de eleger o sucessor seriam maiores, especialmente pelo seu alinhamento à reeleição de Dilma.
O que jogaria, consequentemente, o PT no seu palanque sem nada em troca. O terceiro e último cenário que o governador avalia e que pessoas mais próximas já deixam vazar seria ficar no Governo até o último dia do seu mandato, não disputando nem o Palácio do Planalto nem o Senado.
Ao longo da campanha, Eduardo priorizaria, também, a eleição de governadores do PSB no resto do País, com o objetivo de viabilizar o crescimento do partido.
Aumentando a bancada do PSB na Câmara e no Senado e igualmente Estados governados pela legenda, Eduardo passaria a presidir um partido mais robusto, o que na prática não deixa de ser também um mandato, com chances de se projetar nacionalmente para o voo presidencial de 2018.
ESTRESSE ZERO – As pesquisas do Datafolha e da CNT, apontando queda na popularidade da presidente Dilma, não incomodaram os aliados da chefona e os caciques da aliança governista. Simplesmente porque as perdas de Dilma, no quesito intenção de voto para presidente, não se transferiram para os candidatos da oposição. Somados Aécio, Marina e Eduardo chegaram a 34% em dezembro, 32% em março e 36% agora.
Só em fevereiro – Faça chuva ou sol, o governador Eduardo Campos (PSB) só dar o start da sua sucessão em fevereiro do ano que vem. Diz que não vai se submeter a nenhum tipo de pressão da base e que não tem medo de cara feia.
(Do Blog do Magno, de Recife)