RENATO RIELLA
A situação mais grave do Brasil neste momento é a rebelião do crime organizado em São Paulo e em Santa Catarina, que revela a falência do Estado e das liberdades individuais.
As populações ficam reféns em suas próprias casas, vendo e ouvindo discursos em tom tecnocrático das autoridades nos telejornais.
Qual a orientação emergencial que deve ser dada aos integrantes das forças policiais em São Paulo, que são caçados de forma desleal por bandidos de moto, na saída de casa, em bares, andando nas ruas, depois de terem seus hábitos levantados pelo crime organizado?
O que dizer para os usuários de ônibus em São Paulo e em Santa Catarina, diante da ameaça de incendiários?
De tudo, a única coisa grave foi dita pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, quando condenou publicamente o estado dos presídios brasileiros, dando força à revolta dos presos, que de dentro dos presídios ordenam atos de terrorismo.
O Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal devem chamar para si a discussão dessa crise. Não dá para tratar como um problema eventual.
