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abr 27 2016

GIM ARGELLO É MAIS UMA GRANDE FRUSTRAÇÃO DA POLÍTICA BRASILIENSE

 

O ex-senador Gim Argello permanece preso em Curitiba. A Justiça Federal acaba de dar mais 15 dias de prazo à Polícia Federal para investigá-lo.

Gim tinha tudo para ser o grande líder político do Distrito Federal, mas nos últimos 20 anos distanciou-se deste projeto e focou de forma exagerada em interesses empresariais suspeitos.

Há alguns anos, ele deixou vazar a informação de que estaria comemorando a conquista do seu primeiro bilhão como empresário, o que foi amplamente divulgado pelos grandes jornais, gerando uma péssima imagem para o político que representava, desde a origem, a cidade de Taguatinga.

Ele começou a carreira muito novo, quando aparecia na imprensa como líder da chamada Arena Jovem, partido que depois gerou o PFL, seguido pelo DEM.

Viveu muitos anos à sombra do deputado Osório Adriano, empresário riquíssimo de Brasília, que investiu muito em Gim, mas não teve retorno político, pois foi abandonado quando o jovem amigo cresceu na carreira.

Gim era suplente de senador e passou a ocupar este cargo efetivamente quando o ex-governador Joaquim Roriz renunciou, fugindo de processo no Conselho de Ética do Senado.

É lamentável que, no Senado, Gim Argello não tenha fortalecido a sua carreira de político brasiliense, cuidando quase que exclusivamente dos seus negócios e acabando com a chance de ser governador do DF.

Seu principal erro está sendo denunciado agora. Como vice-presidente da CPI da Petrobras no Senado, teria recebido muitos milhões de grandes empresas suspeitas para engavetar essa investigação.

Teme-se a possível delação premiada de Gim Argello, pois ele pode comprometer o presidente do Senado, Renan Calheiros, assim como influentes nomes do PSDB.

Corre abertamente a informação de que o então presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (já falecido), teria sido cúmplice de Gim na “venda” da CPI às grandes construtoras. Há outros poderosos, vivos, na mesma suspeita.

É lamentável que mais um político brasiliense de nome nacional naufrague e acabe na cadeia.

Gim tinha tudo para ser o substituto de Joaquim Roriz, pela sua capacidade de conquistar o público e pela experiência política que desenvolveu desde a adolescência. Mas preferiu ficar rico ilicitamente, respondendo hoje a uma quantidade enorme de processos. (RENATO RIELLA)

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